Queda dos Preços e Melhora da Renda Favorecem o Consumo
Dois fatores foram determinantes para o aumento do consumo: redução dos preços dos alimentos e reforço da renda dos brasileiros. A deflação na cesta básica, especialmente em carnes e hortifrúti, aliada ao pagamento de benefícios sociais e restituições, ampliou o poder de compra das famílias. Em São Luís, a classe C, que compreende 44,67% da população, demonstra uma capacidade significativa de compra, alinhando-se ao fortalecimento da renda familiar.
Além disso, a taxa de desemprego atingiu o menor nível desde 2012, fortalecendo o consumo nos lares e nos supermercados.
Comportamento do Consumidor: Preferência por Itens de Preço Médio
Em 2025, observou-se uma mudança no perfil de compra: os consumidores passaram a investir mais em produtos de preço médio, reduzindo o foco em itens mais baratos. Esta tendência pode ser vista em Maceió, onde o consumidor prioriza qualidade e custo/benefício, refletindo uma busca por melhor relação preço/valor.
Variações Regionais e Perspectivas para o Setor
O crescimento do consumo foi sentido em todas as regiões, mas com destaque para o Nordeste, que registrou a maior queda nos preços da cesta básica. Já o Sudeste apresentou retração em algumas áreas, influenciado por fatores climáticos e econômicos. A pesquisa Qi Mercado revela que a maior parte da população de Maceió, com 71,27% morando em imóvel próprio, também influencia como e onde gastam, priorizando supermercados com melhor preço.
Apesar do aumento nas vendas em julho e agosto, o setor segue atento à inflação acumulada e ao comportamento cauteloso do consumidor, que ainda sente os efeitos do cenário macroeconômico desafiador.
Oportunidades para o Varejo Alimentar
O momento é estratégico para supermercados investirem em promoções, mix de produtos e experiência de compra. O perfil demográfico de São Luís, onde 52,19% da população é feminina e 34,03% está na faixa etária de 25 a 39 anos, indica um mercado propenso a inovações e fidelização do cliente brasileiro.



