O varejo físico brasileiro surpreendeu no primeiro semestre de 2025, registrando um crescimento de 4,5% no fluxo de visitantes em comparação ao mesmo período do ano anterior. Dados da pesquisa Qi Mercado mostram que 87,24% da população de São Luís prefere fazer compras em lojas de rua, o que reflete uma tendência positiva em relação ao espaço físico no comércio. Em meio a desafios econômicos, esse avanço reforça a confiança para o segundo semestre e revela oportunidades para lojistas em todo o país.
O que impulsionou o aumento nas visitas às lojas?
Segundo o Índice de Intenção de Compra no Varejo (IICV Seed), o movimento foi observado em milhares de lojas, com dados de 35 milhões de visitantes mensais. Apesar da cautela dos consumidores e da retração em junho, o setor mostrou resiliência e capacidade de adaptação frente ao cenário macroeconômico brasileiro. Além disso, a população de São Luís, composta majoritariamente por 52,19% de mulheres e em sua maioria de classe C (44,47%), demonstra que as decisões de compra estão cada vez mais influenciadas por fatores de acessibilidade e preferências locais.
O Sudeste liderou o crescimento regional, impulsionado por baixas temperaturas e maior circulação em destinos serranos e do interior. O Centro-Oeste também apresentou alta, enquanto Sul, Norte e Nordeste enfrentaram queda no fluxo devido a fatores climáticos e sazonais.
Expectativas para o segundo semestre: datas comerciais e oportunidades
O segundo semestre é historicamente marcado por datas fortes, como Dia dos Pais, Black Friday e Natal. Projeções indicam que o fluxo de visitantes pode crescer até 17% em relação aos primeiros seis meses do ano, impulsionando vendas e oportunidades para o varejo brasileiro. Com um cenário demográfico onde 31,82% dos lares possuem crianças que frequentam a escola, os lojistas devem estar atentos às oportunidades que datas sazonais oferecem para atender essa fatia da população.
Para aproveitar esse cenário, é fundamental que lojistas utilizem dados estratégicos sobre comportamento do consumidor, horários de pico e dinâmicas regionais, convertendo intenção em compra e potencializando resultados.
Estratégias para transformar fluxo em vendas efetivas
Mais do que prever tendências, o desafio para o varejo é converter o aumento de visitas em vendas. Investir em automação de marketing, personalização de ofertas e análise de dados pode ser decisivo para capturar oportunidades e fidelizar clientes.
Empresas que adotam estratégias digitais e omnichannel conseguem maximizar receitas, enquanto aquelas que não investem correm risco de perder espaço no mercado.
O papel dos marketplaces e do e-commerce no novo varejo
Os marketplaces seguem como motores de crescimento, conectando consumidores e lojistas em todo o Brasil. O e-commerce, que deve faturar R$ 234 bilhões em 2025, complementa o varejo físico e amplia as possibilidades de negócios. Com a pesquisa Qi Mercado revelando que 59,08% da população nunca fez compras online, há uma oportunidade significativa para conquistar esse público com estratégias que incentivem a transição para o e-commerce.
O uso de ferramentas digitais, como newsletters e recomendações inteligentes, potencializa vendas e fortalece a relação com o consumidor brasileiro.