A construção civil no Brasil está vivendo um momento de avanço significativo em 2024, impulsionando a economia e gerando novas oportunidades de emprego. No entanto, desafios importantes já sinalizam uma desaceleração para 2025, exigindo atenção de empresas, investidores e do setor público para garantir a sustentabilidade desse crescimento.
Crescimento de 4,1% em 2024 impulsiona otimismo no setor
A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) projeta que o setor da construção civil encerre 2024 com um crescimento de 4,1% em suas atividades, superando as expectativas iniciais e consolidando um novo ciclo de expansão no país. Segundo o presidente da CBIC, Renato Correa, esse resultado demonstra que o setor avançou consideravelmente desde a pandemia, especialmente nas áreas de habitação e infraestrutura, ainda que os níveis atuais estejam abaixo dos registrados há dez anos.
O bom desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) da construção é atribuído ao dinamismo da economia brasileira, ao mercado imobiliário aquecido e ao aumento nos financiamentos habitacionais, impulsionados por programas como o Minha Casa Minha Vida (MCMV). Esse contexto contribuiu para a geração de empregos, aumento da renda e uma maior demanda por imóveis novos.
Fatores que favoreceram o crescimento
- Aquecimento do mercado de trabalho e geração de empregos
- Expansão dos financiamentos bancários e incentivos à habitação
- Lançamento de novos empreendimentos imobiliários
Desaceleração prevista para 2025: expectativas e desafios
Apesar do cenário positivo em 2024, a expectativa para 2025 é de desaceleração, com projeção de expansão de apenas 2,3%. Entre os principais desafios apontados pela CBIC e especialistas do setor estão a escassez de mão de obra, elevação dos custos de materiais e mão de obra, além de juros elevados e dificuldades no crédito imobiliário.
Principais desafios para a construção civil em 2025
- Escassez de mão de obra qualificada: Alta rotatividade e dificuldade para atrair profissionais aumentam os custos e impactam a produtividade.
- Custos elevados: O aumento dos preços de materiais de construção e salários pressiona as margens das empresas.
- Taxa de juros alta e crédito restrito: O cenário econômico pode limitar o acesso a financiamentos, prejudicando novos investimentos e aquisições imobiliárias.
Tendências e oportunidades
Mesmo diante dos desafios, a busca por avanços tecnológicos e maior produtividade tende a ganhar espaço, abrindo portas para inovação na gestão de projetos, uso de tecnologias construtivas e melhora da eficiência operacional.
Ambiente de negócios e perspectivas para o setor
De acordo com a direção da CBIC, é fundamental criar um ambiente de negócios favorável e garantir a continuidade dos investimentos, evitando ciclos abruptos de crescimento e queda. O planejamento estratégico e o fortalecimento de políticas públicas voltadas para habitação e infraestrutura serão decisivos para manter o setor em crescimento sustentável nos próximos anos.
Conclusão
Embora o setor da construção civil em 2024 esteja vivendo um momento otimista, reflexo do crescimento de 4,1%, apenas 7,52% da população de São Luís projetam construir nos próximos 12 meses, conforme os dados da pesquisa Qi Mercado. Isto mostra que, apesar do cenário favorável, há uma certa cautela entre os consumidores. Além disso, como 67,08% não têm planos para reformar ou construir, o setor precisa enfrentar os desafios de 2025, como escassez de mão de obra e custos elevados, que estão alinhados com a realidade do setor em São Luís, sugerindo que tanto consumidores quanto empresas precisam estar atentos às mudanças econômicas e de mercado para sustentar o crescimento.